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 BELÉM DO PARÁ

COLONIZAÇÃO (século XVII):

Colonização da cidade de Belém data do início do século XVII, como consequência da disputa da colonização das Américas pelas duas maiores potências da época, as Coroas Portuguesa e Espanhola (VIANA, 1967).

Franceses, holandeses e ingleses circulavam com certa regularidade, desde a metade do século XVI, na embocadura do rio Amazonas e no estuário do rio Pará. Aventuravam-se pelo interior negociando com os índios, erguendo fortins. Essa presença estrangeira incentivou os portugueses a assegurar o domínio do rio Amazonas, logo após a cidade de São Luís ter sido libertada da dominação francesa, no final de 1615.

A expedição de ocupação chega em 12 de janeiro de 1616 enguendo um forte. Em lembrança a data de saída da frota, o dia de Natal, recebe o nome de Presépio de Belém.

O local escolhido para erguer o forte revela a predileção dos colonizadores por pontos altos. A morfologia da cidade era diminuta, consistindo somente em um forte e o um tempo depois um colégio jesuíta. Ambas as edificações estavam localizadas no ponto mais alto do terreno, margeando a orla fluvial. A decisão de alocar os principais edifícios na cota mais elevada parte de conceitos militares de defesa, pois quando em ponto mais alto, é facilitada a visibilidade de qualquer atividade ocorrida: no caso de Belém, a visibilidade fica facilitada tanto na orla fluvial quanto em terra. 

 

A CIDADE:

Século XVII e XVIII

O forte é erguido como uma representação da posse portuguesa, e a partir dele a povoação se espraia lentamente pela zona mais alta de uma área extremamente plana cercada por áreas pantanosas.

O desenvolvimento da cidade se dá pelo surgimento de estabelecimentos religiosos, que direcionam e determinam a expansão dos bairros da cidade (atualmente - Cidade Velha e Campina). Dessa mesma maneira surgem os espaços abertos para socialização e vida administrativa.

O planejamento urbanístico só foi proposto a partir da metade do século seguinte. O desenho urbano manteve-se próximo a regularidade, acompanhando as linhas naturais do terreno e sem um plano rigorosamente traçado.

Em pouco mais de cem anos, Belém consolida-se cidade mesmo com pouca expansão e pequena população.

 

Período Pombalino (século XVIII)

Mudanças significativas ocorreram no núcleo urbano a partir da metade do século XVIII. Técnicos contratados pela coroa portuguesa para demarcar os limites das terras, planejam nos moldes iluministas mudanças para consolidação da cidade. Uma das medidas utilizada foi o reforço dos marcos físicos do poder (edifícios: palácios, igrejas).

No final do século XVIII adquiriu características arquitetônicas e urbanísticas que o difereciavam de outras cidades pela monumentalidade dos prédios do governo, igrejas e palácios.Suas construções eram erguidas dentro dos padrões Neoclássicos.

Nesse periodo a cidade tinha 11 mil habitantes que ocupavam 422 domicílios.

 

A economia da borracha (século XVIII ao XIX)

Durante a época do ciclo econômico da borracha (1850-1920), o ouro branco, nome dado ao látex, oportunizou à Belém diversos melhoramentos em sua infraestrutura, modernização do traçado urbano e novas edificações destinadas a burguesia, sendo a arte e a arquitetura símbolos da promoção social baseada no luxo parisiense.

A necessidade de rapidez nas reformas urbanas levou ao uso de uma nova tecnologia, estruturas em ferro são incorporadas ao tecido urbano em grandes edifícios, como mercados, estações de estrada de ferro, etc.

Com o declínio da borracha brasileira, na década de 1920, em detrimento da ascensão da borracha da Malásia, a economia e, consequentemente, a população belenense, declinaram.

O pequeno sopro do segundo ciclo da borracha, ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), trouxe nova esperança e contingente populacional interessado em trabalhar nas plantações de seringueiras. Entretanto, após a guerra, este ciclo, como o primeiro, também se findou.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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